O maior problema dentro dos condomínios fechados

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Tabulamos o tipo de ocorrência importante mais comum: desrespeito às normas e às orientações dos funcionários. O que fazer? Cobrar as normas, mas também, criar um ambiente em prol do bem comum

 

 

 

Edição 122, dezembro de 2016

 

A ASCONHSP tem acesso ao Registro de Ocorrências de muitos “Condomínios Fechados” que adotam esse tipo de controle. Esse conhecido Registro de Ocorrências pode ser elaborado de diversas formas e formatos, variando muito de Loteamento Fechado para Loteamento Fechado. Mas, o conteúdo de todos tem basicamente o mesmo objetivo, registrar todas as ocorrências importantes dentro da área, tais como, reclamações, as eventuais ocorrências criminosas, transtorno de obras, perturbação de sossego, desrespeito a normas e a funcionários, entre outros.

Essa prática pode ser muito útil para se conhecer as maiores necessidades do “condomínio”, diagnosticar com mais precisão onde se deve investir ou intensificar o gerenciamento, pautar a administração e até medir um importante nível de qualidade de vida interna.

MAIOR DESGASTE

DA ADMINISTRAÇÃO

Neste artigo, não vamos destacar a ferramenta do Quadro de Ocorrências em si, mas sim focar no tipo de ocorrência mais comum em geral nos Residenciais. E qual seria ele? O desrespeito às normas e às determinações dos funcionários. Essa é a ocorrência de importância, que normalmente é a mais registrada. Com esse levantamento comprovamos de forma irrefutável que é preciso investir em campanhas, como esta que estamos iniciando: “HARMONIA E BEM COMUM” dentro dos “condomínios fechados”.

Ao tabular os registros a que tivemos acesso, detectamos ainda que as ocorrências de desrespeito às normas e às orientações dos funcionários são as mais difíceis de lidar, que mais exigem da Administração, da Diretoria e mais desgastam o “condomínio fechado”.

O QUE FAZER?

Claro que se deve continuar cobrando de todos condutas dentro das normas de forma objetiva, mas é necessário ir além. É preciso conscientizar, motivar, premiar, divulgar ostensivamente que o Bem Comum é uma tarefa de todos e garantirá o bem de todos. Quanto mais todos do residencial sentirem-se dentro de um espaço que valoriza, divulga, age e se preocupa com o Bem Comum, mais todos respeitarão e participarão.

Somos seres sociais, nosso comportamento se pauta, acima de tudo, influenciado pelo nosso grupo. É fácil comprovar isso, imagine um lugar onde todos vizinhos se desrespeitam uns aos outros, desprezem a limpeza, o silêncio, a boa convivência, etc. A tendência será todos se igualarem. Formarão muito provavelmente um ambiente degradado e de difícil convivência. O contrário também funcionaria da mesma forma. Se existe um espaço de harmonia e respeito entre todos, a tendência é que cada indivíduo influenciado pelo ambiente se comporte da mesma forma naturalmente.

Ou seja, além da norma escrita, é necessário um ambiente que reproduza visivelmente essas normas e que elas sejam captadas por todos em todos os cantos. Podemos fazer uma alusão ao provérbio popular derivado da fala de César em relação à sua esposa Pompeia “Não basta ser honesto, tem que parecer honesto”. Não basta ter normas para o Bem Comum, é preciso parecer que o Bem Comum existe. Vamos divulgar o Bem Comum, falar do Bem Comum, dar exemplos de Bem Comum, mostrar mais e mais o Bem Comum dentro do nosso “condomínio Fechado”. Assim, ela será muito mais que uma norma, mas uma realidade cada vez mais presente.

DIRETORIA ASCONHSP